recordações que guardo caminhando por ai...

26 de maio de 2011

A Política Pública de Deus

No estudo das políticas públicas existe uma cadeia de raciocínio que define uma política como pública. Além de algum grau de interferência do Estado, deve-se ter a percepção de um problema, definição de objetivos e passar por um processo de criação dessas políticas. Após criadas, elas devem ser avaliadas para saber quais foram as consequências de sua implementação. Ela foi eficaz?

Estudando isso eu percebi que Deus faz mais ou menos isso conosco. Nos trata como políticas a longo prazo. Além de servos filhos queridos e servos, somos projetos de Deus nessa Terra. Assim como viemos para transformas uma realidade que precisa de "concerto de Deus", também passamos por um longo processo de transformação e ao longo deste vamos sendo trabalhados para atingir o fim que Deus deseja: sermos bênção e levar vidas a conhecer a verdadeira alegria.

Vamos lá: passo a passo (assim aproveito para estudar!).
A interferência do Estado na elaboração, execução e manutenção das políticas públicas é algo determinante. Ele emprega as políticas um algo grau de legitimidade (sua autoridade conta para isso) e ele detém os meios necessários para fazer essas leis serem cumpridas (diversas instituições trabalham para isso). Isso é apenas um resumo da importância do Estado e de seu papel central. Ele também pode utilizar de agentes privados para a manutenção de seus objetivos e o Estado tem como dever cuidar de seu território e população, prover os bens necessários e buscar o bem-estar nessa população, fazendo a si próprio crescer e se desenvolver.

A Palavra de Deus fala que somos embaixadores de Cristo na Terra e que nossa vidas tem um objetivo: adorar ao Senhor, nosso Criador e maior amor. Sem Deus nossas vidas não tem sentido: figam vagando sozinhas e sem razão. O papel do Criador é fundamental e mais que isso, existencial para nós. Ele utiliza diversos meios para nos mostrar o seu amor e seu plano de salvação para nós: usa a própria natureza e outroas pessoas para mostrar que sua lei é perfeita mas, mais que isso, seu amor e graça nos satisfaz e provém tudo que necessitamos. O Estado é imperfeito, cheio de falhas e busca seus próprios interesses. Nosso Deus, ao contrário, é perfeito e nunca muda e sua "política" está centrada no amor.

Deus não tem um plano apenas para nós, indivíduos separados, mas para a redenção de toda a natureza. Nós somos o canal dele para isso. É facil perceber várias deturpações no mundo e em nós mesmo. A perfeição da criação inicial foi ferida pelo pecado, e este nos separada de Deus. Ao mesmo tempo que é fácil perceber problemas no mundo ao nosso redor, temos uma grande dificuldade de visualizarmos o que precisa ser concertado dentro de nós. Outra teoria das políticas públicas é a Politic Choice (Teoria da Escolha Pública). Esta tem como pré-requisito que o homem é naturalmente egoísta e busca sempre aumentar seus ganhos. Essa teria está certa, nós teres humanos somos egoístas, falhos, mesquinhos, barganhamos para conseguir alcançar nossos próprios interesses. Isso é a natureza humana, sempre falha. A Bíblia diz que em nós não há nada bom, mas tudo o que é bom, agradável, edificante, vem no Pai das Luzes, onde não há variação nem sombra de mudança (Tiago 1:17). Sempre que nos colocamos ao lado da perfeição de Deus, da sua bondade, saímos percebendo uma coisa: estamos SEMPRE precisando ser melhorados.Em comparação a Deus, nós somos pó, inperfeitos e pecadores, mas Nele, e apenas Nele, podemos encontrar cura.

Após aceitarmos essa nossa imperfeição e vermos os problemas não só na sociedade como um todo, mas em nós individualmente, percebemos que precisamos de mudança. Infelizmente na maioria das vezes caímos no erro de achar que o trabalho de alcançar metas e objetivos para nos tornarmos melhores provém de nós mesmo. É fato: na maioria das vezes, sempre que vejo alguém tentando alcançar a "perfeição" e a vontade de Deus por contra própria, o próximo passo é cair. Nosso trabalho é o reconhecimento de que precisamos ser mudados e trasformados todos os dias. Nosso trabalho é se dispor nas mãos de Deus para sermos restaurados. O resto não é com você. Nas nossas mãos não está o poder para mudar mentes, curar corações ou prover salvação: isso é com Jesus Cristo em todo o seu poder. Filipenses 2: 13 diz "porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade". É Dele que vem tudo: o querer ser mudado e a força de mudança. Nossa meta: servos mais parecidos com Cristo a cada dia e em cada um dos nossos pensamentos e ações. Alcançar isso depende em parte de nós, mas na maior parte do poder de Deus. E Ele quer nos transformar.


Quando entramos nessa fábrica de mudança, passamos por um processo que dura nossa vida toda. A formação de uma agenda de Deus nas nossas vidas encaminha toda a nossa vida. A Bíblia diz que o Senhor conhecia todos os nossos dias e já tinha determinado cada um deles antes de sermos formados no ventre materno. Isso é fantástico! É a percepção que Deus tem um propósito elaborado e que tem o controle das nossas vidas. Todo o processo de transformação ao longo das nossas vidas está no poderio de Jesus Cristo, e isso não escapa aos seus cuidados. "Aquele que começou a boa obra em nós é fiel para completá-la até o dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1:6). Esse processo tem como objetivo transformar seu coração, colocando nele: humildade, amor, paz, alegria, anseio pela eternidade, sabedoria, vontade de fazer mudança no ambiente em que vive e, principalmente, aproximá-lo de Deus e aceitar o seu amor.


Quais as consequências desse processo? Com certeza a mais importante é a salvação e nossa limpeza das imundices do pecado. Mas existem outras consequências: a mudança de tudo ao nosso redor (como coloquei no último post, tudo muda quando você muda), transformação de outras vidas pelo transbordar do amor de Deus na sua vida, quebra de paradigmas de religiosidade sem fundamento, ... são realmente muitas as consequências, mas todas elas apontam para Cristo, e não para nós mesmo. Afinal, nosso velho homem morreu, e hoje novas criaturas somos!

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